A guerra entre Israel e o Hamas é um conflito que envolve questões históricas, políticas, religiosas e territoriais. O Hamas é um grupo islâmico considerado terrorista por Israel e outras potências, que busca a destruição de Israel e a criação de um Estado palestino na região. Israel é um país criado em 1948 pela ONU, que abriga os judeus após as perseguições do Holocausto, e que reivindica seu direito à existência e à segurança
O conflito atual começou no sábado (7), quando o Hamas lançou milhares de foguetes contra Israel a partir da Faixa de Gaza, um território palestino controlado pelo grupo desde 20073. Israel reagiu com ataques aéreos e terrestres, e declarou estado de guerra. O número de mortos já passa de 800, e há relatos de sequestros de soldados e civis israelenses pelo Hamas.
As causas da guerra são complexas e remontam à criação de Israel em 1948, que gerou uma série de conflitos armados com os países árabes e os palestinos, que não aceitaram a divisão do território. Desde então, há disputas por áreas como Jerusalém Oriental, Cisjordânia e Faixa de Gaza, que são consideradas sagradas por judeus, muçulmanos e cristãos.
Além disso, há divergências políticas entre os próprios palestinos, que são divididos entre o Hamas, que defende a luta armada contra Israel, e o Fatah, que lidera a Autoridade Nacional Palestina (ANP), que busca uma solução diplomática para o conflito.
A guerra entre Israel e o Hamas é um tema sensível e controverso, que envolve diferentes visões e interesses. O Hamas é um grupo palestino que enfrenta Israel há décadas, mas você sabia que Israel ajudou a criar o Hamas nos anos 1980?
Israel criou o Hamas
Segundo algumas fontes, Israel estimulou a formação do Hamas como uma forma de minar a liderança da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que era dominada pelo partido secular Fatah, do líder nacionalista Yasser Arafat123. Israel via o Hamas como um contrapeso ao Fatah, que era considerado mais radical e perigoso na época.
Além disso, Israel esperava que o Hamas se concentrasse em atividades sociais e religiosas, e não em ações armadas contra Israel. No entanto, essa estratégia se revelou um erro, pois o Hamas se tornou um dos principais inimigos de Israel, promovendo dezenas de atentados terroristas e lançando milhares de foguetes contra o território israelense.
O Hamas também entrou em conflito com o Fatah, que passou a buscar uma solução diplomática para o conflito com Israel, liderando a Autoridade Nacional Palestina (ANP)24. Em 2007, o Hamas tomou o controle da Faixa de Gaza, um território palestino cercado por Israel e Egito, após uma guerra civil com o Fatah24.
Desde então, o Hamas governa Gaza com uma agenda islâmica e anti-israelense, enquanto o Fatah controla a Cisjordânia, outro território palestino ocupado por Israel. Portanto, Israel ajudou a criar o Hamas sem saber que estava criando um monstro que iria desafiar sua existência e segurança.
Essa é uma das ironias da história do conflito entre israelenses e palestinos.
Quais são as soluções para o conflito entre Israel e Hamas?
O conflito entre Israel e o Hamas é um dos mais antigos e complexos do mundo, e não há uma solução fácil ou rápida para ele. No entanto, alguns especialistas e líderes sugerem algumas possíveis formas de resolver ou pelo menos reduzir a violência e o sofrimento das pessoas envolvidas:
- Um cessar-fogo permanente: essa é a medida mais urgente e imediata, que visa interromper os ataques de ambos os lados e evitar mais mortes e destruição. Um cessar-fogo foi anunciado na quinta-feira (21/05/2021) após 11 dias de intensos combates, mas ainda há incertezas sobre sua duração e efetividade.
Um cessar-fogo duradouro exigiria a mediação de atores internacionais, como a ONU, os EUA, o Egito e outros países da região, que poderiam pressionar as partes a respeitar os termos do acordo e evitar novas provocações. - Uma solução de dois Estados: essa é a proposta mais amplamente aceita pela comunidade internacional, que defende a criação de um Estado palestino independente e viável ao lado de Israel, com fronteiras baseadas nas linhas anteriores à guerra de 1967, quando Israel ocupou a Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental.
Essa solução também envolveria o reconhecimento mútuo dos direitos nacionais de ambos os povos, a divisão ou o compartilhamento de Jerusalém como capital, e uma solução justa para os refugiados palestinos que foram expulsos ou fugiram de suas casas em 1948. No entanto, essa solução enfrenta muitos obstáculos e resistências, tanto de Israel quanto do Hamas, que rejeitam as concessões necessárias para alcançá-la. - Uma solução de um Estado: essa é uma proposta alternativa que defende a criação de um único Estado democrático e secular que abrangeria todo o território histórico da Palestina/Israel, onde judeus e palestinos teriam direitos iguais e conviveriam pacificamente. Essa solução também exigiria o fim da ocupação israelense dos territórios palestinos, o desmantelamento dos assentamentos judaicos na Cisjordânia, e o retorno dos refugiados palestinos às suas terras originais.
No entanto, essa solução também enfrenta muitas dificuldades e oposições, tanto de Israel quanto do Hamas, que temem perder sua identidade nacional e religiosa em um Estado binacional.
Essas são algumas das possíveis soluções para o conflito entre Israel e o Hamas, mas nenhuma delas é fácil ou garantida. O que é certo é que a guerra só traz mais sofrimento e ódio para ambos os lados, e que a paz só pode ser alcançada através do diálogo, da compreensão e do respeito mútuo.
O que Israel importa para o Brasil?
A posição do Brasil no conflito entre Israel e o Hamas é de condenar a violência de ambos os lados e defender uma solução pacífica e negociada para a questão palestina. O Brasil também apoia a criação de um Estado Palestino que reconheça a existência do Estado de Israel e respeite as resoluções da ONU.
Segundo as fontes, o Brasil está no comando do Conselho de Segurança da ONU desde o início de outubro de 2023 e tem a oportunidade de tentar retomar a importância da organização na busca da solução para o conflito na região. Neste domingo (8), o Brasil já convocou uma reunião de emergência do conselho, mas outras devem acontecer para tentar tirar uma posição sobre os combates no Oriente Médio.
O Brasil tem uma grande comunidade palestina, uma grande comunidade israelense e sempre adotou uma postura pragmática no conflito, com a defesa do diálogo. Não tem relações com o Hamas, por exemplo, que é considerado um grupo terrorista pelo governo brasileiro. Então, certamente, o Brasil deve costurar uma solução diplomática para isso.
O que Israel importa para o Mundo?
Israel é um país que tem uma grande importância para o mundo, tanto do ponto de vista político, como histórico, religioso e tecnológico. Alguns dos aspectos que Israel contribui para o mundo são:
- Israel é o único país democrático do Oriente Médio, que respeita os direitos humanos, a liberdade de expressão e a diversidade cultural. Israel também é um aliado estratégico dos Estados Unidos e de outros países ocidentais na região, que enfrenta ameaças de grupos terroristas como o Hamas e o Hezbollah, e de países hostis como o Irã e a Síria.
- Israel é o berço das três principais religiões monoteístas do mundo: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. Israel abriga locais sagrados para milhões de fiéis, como Jerusalém, Belém, Nazaré, Hebron e o Mar Morto.
- Israel também preserva a memória do Holocausto, o genocídio de seis milhões de judeus pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial.
- Israel é um líder mundial em inovação e tecnologia, especialmente nas áreas de segurança, agricultura, saúde, energia e meio ambiente. Israel tem o maior número de startups per capita do mundo, e é responsável por muitas invenções que melhoram a vida das pessoas, como o Waze, o ICQ, o USB flash drive, o cherry tomato, a irrigação por gotejamento, a dessalinização da água, a vacina oral contra a poliomielite, o stent coronário e muitas outras.
- Israel é um país que valoriza a educação, a cultura e as artes. Israel tem algumas das melhores universidades do mundo, como a Universidade Hebraica de Jerusalém, a Universidade de Tel Aviv e o Instituto Weizmann de Ciências.
- Israel também tem uma cena artística vibrante, com músicos, escritores, cineastas e artistas plásticos reconhecidos internacionalmente. Israel participa de eventos culturais globais, como o Festival Eurovisão da Canção, o Oscar e o Prêmio Nobel.
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