Isolamento social e a violência doméstica como consequência.

Pesquisas apontam que, em tempos de quarentena os casos de violência doméstica aumentam.

Diante da pandemia mundial referente a covid-19, famílias estão passando mais tempo em casa desde que o confinamento se iniciou, dessa forma acaba que gerando brigas, desintendimentos e infelizmente resultando em violência doméstica. Isso acontece por uma série de razões, queda de renda familiar em consequência da perda de emprego, paralisação das atividades diárias em referentes a lazer, tarefas domésticas se tornando pesadas na rotina, cuidados maiores com filhos fora de casa, inclusive tendo que auxilia-los no ensino remoto, aumento significativo do consumo de alcool, distanciamento de amigos e familiares e outros acontecimentos gerando conflitos nas relações familiares.
Veja as estatísticas na imagem abaixo.

Campanha do Sinal Vermelho

Iniciado no dia 10 de Junho pela CNJ a campanha Sinal Vermelho, no qual consiste na ação da mulher estar sinalizando com um “X” na cor vermelha, desenhado na palma da mão, apresentar de forma furtiva em uma drogaria que imediatamente o atendente acionará a polícia, uma iniciativa muito bem orientada pela conselheira do CNJ Maria Cristina Ziouva. As drogarias estarão com cartazes indicando que fazem parte da campanha, o atendente que acionar a polícia não será chamado para ir a delegacia, dessa forma sendo um canal de denúncias silenciosas e seguras.

Saiba identificar a violência doméstica

Especialistas apontam que existem características específicas, que apontam um comportamento de relacionamento abusivo, como oferecer algo a sua companheira que acaba não entregando, passar uma ideia errada sobre si mesmo e até mesmo prometer amor e união eternamente.

“Tudo que não tem comum acordo pode ser caracterizado como uma violência. Ele querer controlar a sua vida, ter posse sobre você e fazer com que tudo que você faça seja para o prazer dele são alguns pontos a se destacar”, afirma a psicóloga Kátia Bras.

Não é possível afirmar que as pessoas com essas características vão se tornar agressores e praticar a violência doméstica, mas são as atitudes recorrentes dentro de um histórico no qual resultou esse tipo de situação.

Indícios mais frequentes

Exagero ao realizar uma demonstração de amor: O clássico pedido de namoro, noivado ou casamento de forma precoce é um indício de que o relacionamento possa vir se tornar abusivo. Depois passa a se dedicar totalmente na sua relação, abandonando suas atividades de lazer, apenas para passar o tempo todo com seu parceiro(a) amoroso, apenas para observar tudo o que acontece o seu redor, possívelmente se resultando em uma tentativa de controlar a liberdade, resultando em uma violência.

Chantagens emocionais e postura de vítima: Utilizando-se de aspectos e pessoas fundamentais da vida do parceiro(a), ameaçando de cometer suicídio ou que está com uma doença grave, tudo para evitar um possível término da realação. Mas o agressor sempre vai se colocar no lugar de vítima, seja por acontecimentos passados ou recentes relacionados a outras pessoas, namoradas passadas, chefes ou conflitos familiares, não importa, o agressor sofreu ao longo da vida e agora ele merece descontar toda sua raiva ou satisfação nessa atual relação amorosa. O parceiro(a) precisa tomar cuidado, antes que ele(a) seja mais uma insatisfação na vida desse agressor.

Desqualifica em público e traição com frequência: A todo momento o agressor precisa desmerecer seu parceiro(a), não só isso, precisa desmerecer qualquer boa notícia que chega, já ouviram aquela fala, de quando a pessoa é promovida na empresa em que trabalha, ouve a pessoa dizer “Não tem nada a ver com mérito ou esforço, apenas seu superior está querendo te pegar”. E por fim a traição, um hábito de trair e ainda colocar como se a culpa fosse de seu parceiro(a), neste caso temos a clássica frase de “Eu te traí porque nossa relação está muito fraca, você está diferente comigo, você também deve estar me traindo”.

 

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