O que Mariana Lazcano usa na perna em “Quem matou Sara” ?
A série da Netflix que estava entre os mais assistidos no final do mês de Março/2021 esconde vários mistérios e também levanta muitas dúvidas, e aqui falaremos sobre a personagem Mariana Lazcano
Se você assistiu a série “Quem matou Sara?” pode ter se deparado com algumas cenas tanto quanto “doloridas” da personagem Mariana Lazcano.
Contudo, a mesma tem o costume de amarrar uma corrente de espinhos em sua perna, além de serem cenas fortes que nos passam uma dor oculta da personagem, nos faz levantar a questão: Por que ela faz isso?
Já é de se imaginar que se trata de algo religioso, afinal a personagem faz citação do “Senhor Deus” em vários momentos de seus diálogos ao decorrer da série.
Constantemente, Mariana também tem cenas dentro da igreja, confessando seus pecados ao padre; inclusive uma cena de intimidade com seu marido Cézar Lazcano, no qual o mesmo se revolta com o ato de ‘autoflagelação’ de sua esposa, soltando a seguinte frase: “Você quer que eu carregue a culpa por você ir para o inferno?”, num tom de deboche, afinal Cezar parece não se importar muito com religião.
A verdade por trás da Corrente de Mariana Lazcano
Não é uma simples corrente, aquilo que Mariana Lazcano amarra em sua perna se trata de uma Cadeia de Flagelação ou, de forma mais simples, um Cilício.
Entretanto, essa simples corrente se trata de um pequeno ato de penitência ou mortificação, no qual muitos homens, mulheres e até crianças, nos primeiros anos do ‘cristianismo’, utilizavam-na como um “método de penitência” pelos seus pecados.
São João Batista usava pele de cabra quando se exilou no deserto. Santa Rosa de Lima, de maneira discreta usava espinhos embaixo de sua coroa de rosas.
São Tomás Moro, por baixo de sua camisa, utilizava um tecido a título de cilício quando comparecia à corte de Henrique VIII, como uma maneira de sacrifício voluntário.
O Papa Paulo VI, Madre Teresa de Calcutá e a irmã Lúcia de Fátima praticavam o ato de mortificação corporal, além de vários outros atos de autoflagelação religiosos e leigos.
O cilício apenas se trata de uma versão mais moderna e mais discreta de praticar o ato penitência.
Penitência ou Automutilação?
Historicamente falando, podemos ver que a origem deste objeto se trata apenas de um ato simples e comum de penitência.
Afinal, segundo o site do Padre Ricardo, o cilício pode ser substituído por um tecido áspero ou metais que não cheguem a perfurar a pele, mas com o intuito de ‘incomodar’ a parte carnal do corpo.
Pois, a mortificação não se trata de um processo de morte, mas sim um ato de ordenar o que há dentro de nós, pois o pecado corrompe a carne humana, assim, podendo corromper a nossa alma.
Não é recente a descoberta deste uso, por exemplo no site do Padre Paulo ele nos conta que muitos cristãos ficaram impressionados ao saber que o Papa João Paulo II fazia o uso do cilício como forma penitência mesmo depois de se tornar Papa.
Este (cilício) também já apareceu no filme “O código da Vinci” como um objeto de automutilação e tortura.
A série “Quem matou Sara?” pode nos ter apresentado o que se chama de “prática descuidada”, pois não deve ser um ato de tortura, você apenas utiliza por alguns dias.
Entretanto, no caso de Mariana Lazcano, uma mulher que utilizava o cilício diariamente e por vários anos – segundo o que foi apresentado na série-, de certo deve sentir muito o peso de seus atos.
Veja também: Não há limites para o poder – “Quem matou Sara?”