Queima de Pontes no Trabalho

As mudanças nas prioridades das relações de trabalho, que agora tornam mais comum que os trabalhadores questionem ambientes laborais tóxicos, podem ter redefinido o significado do termo “queima de pontes”, de acordo com especialistas consultados pela BBC News.

A compreensão desse conceito pode variar, dependendo da perspectiva individual, e inclui situações como o acúmulo de tensão durante o exercício de funções, a demissão sem aviso prévio ou comentários depreciativos sobre o chefe ou a empresa em questão.

O que outrora era considerado um tabu, queimar pontes perdeu parte de sua estigmatização devido às novas posturas adotadas pelos profissionais contemporâneos, que se sentem mais à vontade para abordar problemas no ambiente de trabalho, normalizando tais discussões e, consequentemente, reduzindo seu impacto negativo.

Um aspecto importante a considerar é que a resistência à ideia de queimar pontes pode resultar na proteção de empregadores problemáticos, como observa Erin Gallagher, fundadora de uma consultoria corporativa nos Estados Unidos especializada em diversidade, equidade e inclusão. O receio das possíveis repercussões na carreira pode, inadvertidamente, silenciar os profissionais, perpetuando ambientes de trabalho tóxicos.

No entanto, os especialistas alertam que, embora seja aceitável discutir experiências negativas em processos seletivos, nem todos os comentários desfavoráveis são construtivos. Recomendam que os profissionais evitem concentrar-se em ressentimentos pessoais e abster-se de insultar seus antigos empregadores.

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